A difteria é facilmente contagiosa?

A difteria é uma doença infecciosa perigosa causada pela bactéria Corynebacterium diphtheriae. Essa bactéria produz uma toxina que ataca as membranas mucosas da garganta, nariz e pele, podendo causar danos graves ao coração, rins e sistema nervoso. Se não for tratada a tempo, a doença pode ser fatal.

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A difteria é facilmente contagiosa?

Antes da introdução da vacina, a difteria era uma das principais causas de morte infantil. No entanto, nos últimos anos, a doença tem reaparecido em algumas áreas devido à baixa cobertura vacinal.

1. A difteria é facilmente contagiosa?

Sim, a difteria é altamente contagiosa, especialmente em ambientes lotados, como escolas, creches e áreas densamente povoadas. As principais formas de transmissão incluem:

  • Transmissão pelo ar: A bactéria se espalha quando uma pessoa infectada tosse, espirra ou fala, liberando partículas no ar.
  • Contato direto: O contágio ocorre ao tocar secreções de uma pessoa infectada, como muco, saliva ou lesões cutâneas contendo a bactéria.
  • Objetos contaminados: Compartilhar itens pessoais como copos, escovas de dentes ou toalhas pode facilitar a propagação da bactéria.

Os grupos de maior risco incluem crianças não vacinadas, pessoas que vivem em condições de higiene precária e indivíduos que entram em contato direto com pacientes infectados sem proteção adequada.

2. Sintomas da difteria

O período de incubação da difteria varia de 2 a 5 dias. Os primeiros sintomas são semelhantes aos de uma gripe comum e incluem:

  • Febre leve, fadiga, perda de apetite
  • Inflamação na garganta, dor ao engolir
  • Inchaço dos gânglios linfáticos no pescoço
  • Presença de uma membrana acinzentada na garganta, amígdalas ou laringe

Em casos graves, a toxina produzida pela bactéria pode causar danos ao coração, rins e sistema nervoso, levando a miocardite, paralisia e até mesmo à morte.

3. Prevenção da difteria

A melhor maneira de prevenir a difteria é através da vacinação completa de acordo com o calendário de imunização. Atualmente, a vacina contra a difteria é combinada com as vacinas contra coqueluche e tétano (DTP). As crianças devem receber todas as doses conforme o programa nacional de imunização.

Além da vacinação, recomenda-se:

  • Manter boa higiene pessoal e lavar as mãos regularmente com sabão
  • Evitar contato próximo com pessoas infectadas ou com sintomas suspeitos
  • Usar máscara em locais públicos, especialmente em áreas com surtos de difteria
  • Manter o ambiente doméstico limpo e bem ventilado

4. Tratamento da difteria

A difteria deve ser tratada rapidamente para evitar complicações graves. Se houver suspeita de infecção, é essencial procurar imediatamente uma unidade de saúde. Os métodos de tratamento incluem:

  • Antitoxina diftérica, para neutralizar a toxina produzida pela bactéria
  • Antibióticos, como eritromicina ou penicilina, para eliminar a bactéria
  • Cuidados de suporte, como oxigenoterapia e administração de fluidos, se necessário

Os pacientes precisam ser isolados para evitar a transmissão da doença. Além disso, as pessoas que tiveram contato próximo com um doente devem ser avaliadas e receber tratamento preventivo, se necessário.

5. Conclusão

A difteria é uma doença grave, altamente contagiosa e potencialmente fatal se não tratada a tempo. No entanto, pode ser prevenida de forma eficaz por meio da vacinação. É essencial que todos contribuam para a prevenção, garantindo a imunização, mantendo bons hábitos de higiene pessoal e evitando contato com indivíduos infectados. Caso haja suspeita da doença, é fundamental buscar atendimento médico imediatamente.

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